
Neste modesto espaço temporal reivindicamos nosso esquecimento, então esqueça você também, vá percorrendo tudo como se com uma tecla delete pudesse remontar toda a história da humanidade e de “nosso” planeta, para podermos reescrevê-la em linhas, letras, línguas e vozes novas – somente nossas... Vamos juntos! Vamos unidos apagando esse hoje tão barulhento, mas silenciado, esse hoje livre, mas engaiolado, esse hoje, esse agora que agoura nossas ideias, nossas queridas memórias, vamos andando juntos até nosso novo e tão sonhado big bang, criação silenciosa, mas explosiva, explosão barulhenta, mas criativa... Abrir infinito de possibilidades, possíveis liberdades e caminhos onde nossos pés decidirem – convencidos por nossa voz – pisar!
DE PÉ MODESTOS ARTISTAS! Hoje nos calam neste escarcéu obscuro da industrialização – impura e globalmente individualizada – mas amanha há de nascer uma nova explosão de vida, de liberdade... Hoje industrializam nossa mente, hoje nossa pele e o que dorme debaixo da nossa pele morre, hoje nossa voz se engalfinha e escorre para dentro dos bueiros... Mas amanha nossa industrializada mente mentirá, nossa pele se despirá de todas essas bobagens que nos obrigaram a engolir, amanha debaixo de nossa cabeça haverá apenas os sonhos que nos induziram a esquecer – o único esquecer que agora devemos ter é o dessa prisão sem grades onde cortam dia a dia nossas asas que teimam em sempre insistir em nascer – pois amanha nossa voz ecoará a todos os cantos e então, silenciosamente explosiva, sussurrará nossa mensagem aos cárceres de nossas esperanças...
CABUM!